Eis-me aqui!

07/10/2021

Se você está me lendo agora, seja bem-vinde. Talvez as próximas linhas façam tanto sentindo para você quanto fazem para mim. E prepare-se, pois não estou aqui para escrever coisas rasas e mundanas. Eu falarei de filosofia e espiritualidade, de psicologia e leis universais, de relacionamentos e desconstruções, de comunicação e meditação. E se nesse processo eu te ensinar e você aprender e vice e versa, tudo valeu a pena.

Como boa pisciana que sou, sol e lua no signo de Peixes, com ascendente em Touro, é claro que eu tinha certeza de absolutamente nada, e decidi prestar vestibular para Comunicação Social. O que não foi ruim, pelo contrário, a faculdade de comunicação me abriu um mundo de possibilidades. Foi na faculdade que se iniciou o meu romance com a filosofia e a sociologia. De longe, minhas duas disciplinas favoritas. E foram essas "ias" que desanuviaram o meu olhar para o mundo. Foi como plantar uma semente em terreno fértil, e posso dizer que a colheita está sendo muito farta.

Eu acredito plenamente que há um propósito de vida para cada ser na Terra. Esse lance de nascer, crescer, se reproduzir, pagar boleto e morrer para mim não cola. É muito pouco, é muito simplista essa forma de pensar. A filosofia e a sociologia são ótimos caminhos para quem busca compreender as nuances da vida. Aliás, ambas explicam muitas coisas, tanto que tentam, a todo custo, silenciá-las. Afinal, saber muito é sinônimo de liberdade, e não nos querem livres. Mas podemos ir em busca da liberdade, do conhecimento, do saber.

E quando me refiro a um propósito de vida, não é para parecer algo extraordinário, miraculoso, de forma quase inalcançável. Pelo contrário, são atitudes amorosas e conscientes que guiam nossa jornada na Terra, ao lado de nossos hermanos.

Para ilustrar esse momento fofo de reflexão, vou contar uma parábola igualmente fofa que ouvi de um professor fofo de Yoga: o propósito de vida de um beija-flor.

Imaginemos o beija-flor, aquela ave minúscula, ligeira, muito bela e igualmente frágil, que vai de flor em flor, se alimentar de seu néctar. Esse beija-flor vivia em uma floresta com outros muitos bichos e árvores e plantas, até que um dia se iniciou um foco de fogo. Rapidamente o fogo se alastrou e os animais começaram a correr, no desespero de salvarem suas vidas. O incêndio foi tomando proporções gigantescas - qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência - e o beija-flor calmamente ia até a beira de um rio, segurava água em seu bico, voava na contramão de todos os outros bichos, e quando estava perto do fogo, jogava a água. E assim ele fez, mesmo depois das incansáveis críticas dos outros animais, dizendo que ele iria morrer e que aquilo era insano. O beija-flor não se preocupou com o perigo e nem com o que os outros animais diziam, ele se preocupou em fazer o seu trabalho e disse: se eu morrer sem fazer isso, eu nunca terei vivido.

Então, para aquele bichinho tão frágil, viver significava tentar salvar a floresta e todos que estavam lá. Ele não estava preocupado se iria morrer, ele estava preocupado em viver de verdade através do seu trabalho, aquele era o seu propósito de vida. E podemos facilmente trazer a metáfora do beija-flor para dentro da nossa realidade. Quantas pessoas morrem sem nunca terem vivido?

Pior que morrer odiando o trabalho, a rotina e a vida, é morrer lutando por dinheiro. Louco isso, né, mas as pessoas morrem e se matam por dinheiro. Que propósito de vida mais doentio que nossa sociedade elegeu. Não quero dizer com isso que dinheiro é o motivo de tantas desgraças. Só quero trazer uma reflexão para nossas vidas, e que conquistar muito dinheiro está longe de ser um sentido ou um propósito de vida.

Eis-me aqui em busca de um sentindo que me traga cada vez mais humanidade. Eis-me aqui!





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